Aldeia global

By Luana Norões

Que tal um mundo com todas suas regiões interligadas? Com uma rede de dependencias que promovesse solidariedade e luta pelos mesmos ideais? Todos agindo sustentavelmente a favor da Terra de todos? Essa era a ALDEIA GLOBAL de Marshall Mcluhan.

Mcluhan previu que o mundo iria chegar a um estágio de Aldeia Global, nós teríamos a possibilidade de nos comunicarmos diretamente com qualquer pessoa existente no planeta.Todos nterligados, com estreitas relações econômicas, políticas e sociais, fruto da evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação,diminuidoras das distâncias e das incompreensões entre as pessoas e promotor da emergência de uma consciência global interplanetária. Criava-se então, o conceito de Globalização promivido pela Mídia.

Para Mcluhan, o instrumento usado para a formação dessa aldeia seria a Televisão, o que ele não pensou foi, que para haver a verdadeira aproximação e troca entre as pessoas, a comunicação não poderia ser unilateral e talvez se ele vivesse nos dias de hoje, seu objeto de estudo seria a internet que dá condições bem maiores pra essas trocas globais.






Para pensar: Será que uma Aldeia Global é possível? Um dia atingiremos esse nível de sociedade?
 

O meio é a mensagem

By Luana Norões

Aluno: Você está dizendo que a mídia é mais importante que a mensagem?
Mcluhan: O meio não é mais importante que a mensagem, o meio é a mensagem!



[...]O meio é a mensagem porque é o meio que configura e controla a proporção e a forma das ações e associações humanas. O conteúdo ou usos desses meios são tão diversos quão ineficazes na estruturação da forma das associações humanas. Na verdade não deixa de ser bastante típico que o “conteúdo” de qualquer meio nos cegue para a natureza desse mesmo meio. extraído do livro: Os meios de comunicação como extensões do homem (understanding media,1964)

Segundo Mcluhan, o meio é tão,ou mais, recheado de significados e informações quanto o próprio conteúdo da mensagem que ele transmite, a forma como a mensagem é passada, ou seja, o meio, é capaz de alterar a forma de percepção da mensagem e é tão importante quanto, se tornando a própria mensagem.
 

meios de comunicaçao como extensões do homem

By Luana Norões


A partir do ponto de vista sensorial, Mcluhan desenvolve a teoria dos meios como extensão do homem Understanding Media: The Extensions of Man.(1964) ele explica a forma como as tecnologias da informação se inserem e alteram o modo de percepção de um meio social. As tecnologias avançam, e com elas o modo de perceber as coisas também.

No vídeo, Mcluhan exemplifica bem quando diz:

"Todas as mídias são extensões de algum fator humano, mental ou físico, a roda, extensão dos pés, o livro, extensão dos olhos, a roupa extensão da pele, a central elétrica extensão do sistema nervoso[...] essas extensões alteram nosso jeito de pensar, o nosso jeito de ver o mundo, de ver a nós mesmos..."
 

Quem foi Marshall Mcluhan?

By Luana Norões


O principal e mais expressivo teórico da Escola Canadense, o precursor dos estudos midiológicos, o primeiro a enxergar a mídia de um lado positivo e a estudar seus efeitos de um ponto de vista sensorial, não meramente ideológico.

Vamos conhecer agora um pouco da vida de Mcluhan e ver como ele se tornou "tudo isso"!
Nascido em Toronto no Canadá em 1911, filho de um corretor de seguros com uma declamadora, Elsie Hall McLuhan, foi instruido pela mãe a seguir o caminho da intelectualidade, em 1934 ele se forma em Literatura Inglesa Moderna, em 1934 e parte para Cambridge na Inglaterra,em 1939, mais uma vez por influência de sua mãe e obteve o doutorado em filosofia 4 anos mais tarde. Foi professor de diversas universidades e base teórica e de pensamento não faltaram para mais de 15 obras publicadas durante a sua vida.

FAMA
Com suas idéias pró-mídia adquiriu fama internacional a ponto de ser nomeado como "uma das principais influências intelectuais do nosso tempo" pela revista Fortune



Aparição de Mcluhan no filme Noivo neurótico, noiva nervosa (Annie Hall, 1977) do cineasta Woody Allen.
 

Harold Innis, um desconhecido

By Eva!
Pioneiro da Escola Canadense, Harold Arnold Innis focou seus estudos sobre comunicação no conceito de tempo e espaço. Innis iniciou seus estudos, na nova corrente, afirmando ser os mass media o motor do desenvolvimento econômico. Ele também concluiu que a impresa - os jornais- alteravam a concepção de tempo e espaço, uma vez em que os jornais exigiam rapidez na difusão das notícias. Porém, com o passar dos anos, Innis passou a desconsiderar os meios de comunicação em massa como o motor do desenvolvimento econômico e passou a afirmar que eles eram o motor da própria história.
A History of Communication (Uma História da Comunicação) é um manuscrito incompleto e nunca publicado que trazia essa nova teoria e que serviu de base para seus outros três livros.

Mas o que Innis queria dizer com essa nova teoria?
Ele fazia uma relação entre os meios e a sociedade. Ora, se os meios eram o motor da própria história, a ascensão e a queda deles estariam ligados com determinada civilização e sua época. As revoluções tecnológicas dos meios de comunicação poderiam explicar fatos históricos.

Innis fazia um paralelo entre Tempo e Espaço. Uma tecnologia que privilegia o tempo seria a inscrição na pedra, de difícil transporte, mas duradoura. Já o espaço é a escrita no papel: pouca duração, mas grande alcance.

Com base em seus estudos da dualidade entre os meios orais e visuais segue a figura:



Simplificando: enquanto os meios orais possibilitavam os homens de construir relações pessoais com contato, os meios visuais deram início a um processo mecânico, fazendo da comunicação um ato solitário que não tinha necessidade de participação dos outros sentidos utilizados nos meios orais. Assim sendo, os meios orais trariam com o tempo o fim do tempo. Mas nem tudo estava perdido. Apesar de afirmar tudo isso, Innis - um simpatizante confesso dos meios orais - via no rádio na televisão e no cinema a "luz no fim do túnel". Pois estes meios traziam a necessidade da utilização dos sentidos comuns na comunicação oral.
Innis morreu em 1952 e, apesar de suas importantes constatações nos estudos da comunicação, seu trabalho ainda é bastante desconhecido. Porém, ele tem McLuhan como um dos poucos que deram atenção ao que tinha a dizer.


Referência:
SANTOS, J.R. O que é comunicação? Ed. Difusão Cultural, São Paulo, 1992
 

Apresentamos: A Escola Canadense.

By Eva!
A Escola canadense foi uma corrente para estudos sobre comunicação e recebeu esse nome porque as primeiras teorias centradas nos efeitos dos próprios meios de comunicação vieram do Canadá, ou seja, de seus teóricos.

E o que isso significa?

Bom, diferente do pensamento de várias teorias, como da Bala Mágica, por exemplo - onde as pesquisas estavam focadas nos efeitos das mensagens - ou da teoria Crítica (Adorno e Horkheimer), onde havia certo "temor" quanto os mass media, a Escola Canadense acreditava na influência positiva desses meios.

Não há como falar de Escola Canadense e não citar McLuhan - o nome desse blog, por exemplo, leva o nome de uma de suas teorias. No entanto, ele não foi o pioneiro da teoria. Marshall McLuhan se baseou muito no que disse seu compatriota Harold Arnold Innis sobre a influência dos mass media. E o que Innis tinha a dizer? Qual a sua contribuição para a teoria da Escola Canadense? E McLuhan?
Nesse blog iremos esclarecer essas perguntas de forma clara e objetiva.